quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Igreja Matriz de Alfândega da Fé

Descrição - Planta longitudinal composta de nave e capela-mor, mais estreita e mais alta, tendo adossado à fachada lateral esquerda torre sineira quadrangular, sacristia e anexo rectangulares. Volumes articulados com coberturas diferenciadas em telhados de duas águas na igreja, a da capela-mor mais alta, de uma água nos anexos e de quatro na torre, rematadas em beirada simples. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, a igreja com embasamento de cantaria, à excepção da fachada principal e da torre sineira que é em cantaria aparente, terminadas em cornija e com cunhais coroados por pináculos piramidais sobre acrotério. Fachada principal virada a O., terminada em empena, com cunhais apilastrados e rasgada por portal de verga recta moldurada encimado por óculo amplo, com moldura, exteriormente decorada com bosantes. Torre sineira de cunhais igualmente apilastrados, coroados por pináculos semelhantes, e de dois registos, o inferior frontalmente rasgado por vão rectilíneo e o segundo, em cada uma das faces por sineira em arco de volta perfeita albergando sino; a sineira lateral direita foi parcialmente entaipada para colocar relógio circular; sobre a cobertura da torre surge cruz latina em ferro. Fachada lateral percorrida pelos anexos, rasgados a O. por vão rectangular moldurado, e a N. por duas portas de verga recta, duas amplas janelas rectangulares e quatro outras pequenas, jacentes. Na fachada lateral direita a nave é rasgada por quatro janelas rectilíneas, molduradas e por porta travessa de verga recta com moldura encimada por espaldar recortado, delimitado por elementos volutados, decorado por coração inflamado e encimado por cruz latina de cantaria relevada; a capela-mor é rasgada por janela semelhante. Fachada posterior terminada em empena, coroada por cruz latina e rasgada por óculo circular moldurado e anexo cego e terminado em meio empena.
Cronologia - Séc. 17 - provável construção do edifício; 
1706 - segundo o Padre Carvalho da Costa, era uma abadia do padroado real, com rendimento de 800$000, dos quais usufruia o Marquês de Távora, e paga 60$000 de pensão à Capela Real e pertencia ao arcebispado de Braga; a abadia recebia os dízimos da igreja de Vilar-Chão, termo de Castro Vicente; a povoação tem 150 vizinhos; 
1758 - nas Memórias Paroquiais, é referido que a igreja tem três naves e cinco altares de talha; nas imediações, situa-se a residência paroquial; 
1882 - a paróquia passa a estar subordinada ao bispado de Bragança; 
2004, Abril - encerramento da igreja por risco de derrocada da viga central da capela-mor, passando as funções religiosas para o Centro Cultural de Alfândega da Fé.

Fonte do texto SIPA

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Trilho do Sabor

 Já foi há mais de um ano (Abril de 2011) que fiz a minha primeira caminhada por terras do concelho de Alfândega da Fé. Tenho estado atento, já me preparei para outras caminhadas, mas a minha participação nunca chegou a efetivar-se. Por isso, foi muito bom poder participar, juntamente com um colega de Vila Flor, na caminhada no Trilho do Sabor que aconteceu no dia 28 de Outubro de 2012.
O nome é sugestivo: Trilho do Sabor. O nome sugeria-me Santo Antão da Barca, Picões, Ferradosa, Cabreira ... confesso que ainda não tenho uma visão mental do concelho. Quando soube que a caminhada iria iniciar em Parada e terminaria no Santuário de Santo Antão da Barca, fiquei duplamente contente. Parada é uma aldeia totalmente desconhecida para mim e seria uma boa oportunidade de a conhecer. Quanto ao santuário, há mais de uma década que ando com vontade de lá ir e o tempo para realizar esse desejo começa a escassear.
Às nove da manhã estávamos no Posto de Turismo, local de onde sairia o transporte coletivo com destino a Parada. Os participantes eram poucos, cerca de uma dúzia. Não sei se foi o tempo incerto ou se foi o facto de ser necessário levar merenda para a realização de um piquenique que desmotivou os caminheiros, mas só contam os que aparecem.
Viajámos até ao local de início pela estrada antiga, também pelo passeio. Andam a fazer uma nova ponte na Ribeira do Zacarias! Será que é por causa do nível da água da Barragem do Sabor? A quota deve ser aproximadamente de 200 metros de altitude. Subimos aos 550 metros de altitude onde se situa Parada. Para tristeza minha atravessámos a aldeia nas carrinhas, porque a caminhada e as marcações do trilho iniciam-se na extremidade sul da aldeia, mesmo na periferia. Tenho muita pena que assim seja porque tinha entendido que uma das coisas que se pretendia com os trilhos era dar vida às aldeias, contactar com as pessoas e conhecer as localidades. A igreja também estava ali próxima, mas, para não me separar do grupo, acabei também por não a visitar.
O trilho está classificado como de Pequena Rota, linear, com interesse paisagístico. Tem a extensão de 5, 8 km e a duração prevista de 2 horas. O grau de dificuldade é Fácil.
Todo o percurso é feito a descer, uma vez que se inicia a mais de 500 metros de altitude para terminar junto às águas do rio Sabor.
Altura do ano não é a mais propícia para a observação da flora, nem da fauna, que são elementos que enriquecem este percurso. Não podemos esquecer que a bacia do Sabor é área classificada integrando a Rede Natura 2000 (embora a EDP e políticos locais não queiram saber nada disso).
Parte do percurso é feita perto de terrenos de cultivo. É zona de oliveiras e estas árvores são muito abundantes à saída de Parada, onde encontrámos umas curiosas alminhas. Pouco tempo depois, ainda com a aldeia à vista, encontrámos um moinho. Ainda está bastante conservados com a maior pare das peças colocadas, embora já não funcionais.
A certa altura do percurso, numa zona chamada Prado vimos algumas estruturas estranhas presas nos sobreiros. Depois de muita especulação do que seria chegámos à conclusão que eram esconderijos artificiais para morcegos! Tratava-se possivelmente de algum estudo relacionada com a Barragem.
Avista-se depois a ponte Sardão-Meirinhos, agora integrando o IC5. A vista alargou-se e o peito encheu-se de ar fresco vindo do fundo do vale. O local de destino é avistado a longa distância adivinhando-se o resto do percurso. Surgem zimbros, cornalheiras, estevas, giestas, roselhas e arruda. Pensava encontrar espinheiros e medronheiros, mas não vi rasto deles.
Quando o traçado se aproxima do leito do rio o caminho lá lugar a um estreito trilho, só percorrível a pé. É a zona mais bonita do percurso, ao longo do leito do rio, para jusante. O rio levava pouca água. Era fácil transpo-lo.
Quase sem darmos por isso, chegámos ao destino. Imaginava que no santuário apenas existiria uma pequena capela e um largo espaço aberto, a realidade é um pouco diferente. A capela é bastante grande, voltada para nascente (e para o rio), com um espaçoso adro. Em volta e a algumas centenas de metros há varias casas de habitação e cortes para animais. Há sombras, assadores e muito espaço para estacionamento. Há também uma fonte de mergulho, que ainda tem água.
Não foi possível visitar a capela. A chave já foi entregue à empresa que a vai desmantelar para a montar num espaço que está a ser criado a uma quota superior. Assim, limitei-me a fazer uma série de registos fotográficos em redor, para mais tarde recordar.
O mini-autocarro do Município  já estava no local com os nossos farnéis. Ainda houve quem acendesse um lume e assasse pedaços de cheirosa carne. A bota de vinho que levei rapidamente ficou vazia, mas alguém se lembrou de levar um garrafão!
Estendeu-se o farnel e saborearam-se os "petiscos". Uma simples sandes, ou uma peça de fruta, têm mais sabor quando comidos ao ar livre e após uma caminhada. Mas não faltaram iguarias: azeitonas de Gouveia, queijo da Cardanha, bolos, folar, pão caseiro, panados, marmelada, etc. Sem pressas, com o estado do tempo a ajudar, o momento foi saboreado como deve ser.
 Terminado o repasto descemos ao rio. Foi por curiosidade para vermos a água de perto. Entre lamentos da perda do e expressões de euforia pela chegada do progresso, cada um ficou na sua, porque havia convicções muito diferentes.
De regresso a Alfândega da Fé, já no autocarro, ainda parámos no local para onde vai ser transladada a capela. Há vários espaços terraplanados, mas não deu para adivinhar a localização ou orientação da capela.
As obras estão a avançar a bom ritmo e brevemente o espaço começará a ganhar forma.
Chegámos à vila perto das três da tarde.
A caminhada foi apenas um curto passeio, mas só pela paisagem valeu bem a pena. O convívio entre os participantes e troca de farnéis também foram aspetos muito positivos deste trilho. Claro que em noutras alturas do ano haverá muito mais atrativos em termos de paisagem e de seres vivos, mas cada estação do ano tem a sua beleza própria.

domingo, 4 de novembro de 2012

Exposição de Fotografia - Linear.Idades

Exposição de Fotografia - Linear.Idades, de Paulo Tavares Pereira. No centro Cultural de Alfândega da Fé, de 31 de Outubro a 02 de Janeiro de 2013.

sábado, 29 de setembro de 2012

Fonte - Colmeais

Colmeais - Aldeia pertencente à freguesia de Vilares da Vilariça.
Arranjo com fonte, jardim e uma imagem que perece ser de Nossa Senhora de Lurdes. Está situado à entrada da aldeia.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Cruzeiro em Gouveia

Não é nem o mais importante nem o mais bonito cruzeiro de Gouveia, mas também é digno de ser mostrado (ainda mais com um trabalho de texturas a dar-lhe um ar de pintura).
Está situado junto à entrada (ou à saída) da aldeia, na estrada que liga Gouveia à Cardanha.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Visita a Cilhades

 A Câmara Municipal de Alfândega da Fé organizou, em parceria com a EDP, uma visita à estação arqueológica de Cilhades, no dia 7 de julho.
Não costumo ter uma postura tranquila quando vejo o logótipo da EDP envolvido. Sempre fui, e serei, contra as barragens no rio Tua e Sabor, mas achei que esta iniciativa é daquelas que se repetem poucas vezes e não quis perder a oportunidade. Contactei o posto de Turismo de Alfândega e fiz a minha inscrição (paravam-se 5€).
Cheguei a Alfândega pouco antes da hora prevista, as 2 da tarde. Percorri pela primeira vez a o IC5 entre a Vilariça e a Vila, parecendo-me o caminho bem mais curto e rápido. Ao chegar a Alfândega senti-me completamente "perdido". Não é normal eu ficar desorientado, direi mesmo desNorteado, mas acho que isso se deveu a ir com atenção ao GPS (só por curiosidade) que também não reconhecia a estrada.
Para piorar as coisas a vila está completamente "em pantanas". Há paralelos por todos os cantos, os passeios estão desfeitos e as ruas esburacadas. Não tem um aspeto muito acolhedor. Só me senti orientado quando cheguei ao centro.
À hora marcada estava cheio um mini-autocarro e uma carrinha de nove lugares, cerca de 30 pessoas. Ao que percebi a procura excedeu as disponibilidades da oferta, sendo necessário limitar as inscrições.
Conheço relativamente bem a estrada de Alfândega à Póvoa, já no concelho de Torre de Moncorvo. Gouveia, Adeganha, Cardanha e Póvoa são aldeias que já visitei várias vezes. Quase não dá para imaginar, mas a minha esposa já lecionou na Cardanha. Nessa altura os alunos da Póvoa deslocavam-se para a Cardanha num táxi!
Fizemos uma paragem nos estaleiros da barragem. Distribuíram coletes, capacetes e panfletos sobre a obra. O meu constrangimento começou quando iniciámos a descida até às margens do Sabor. A desolação é tremenda. Nunca frequentei uma área de guerra, mas foi essa a ideia com que fiquei ao ver quilómetros de montanhas esventradas.
 Este triste cenário ficou para trás e aproximar-nos de Cilhades, no termo de Felgar, concelho de Torre de Moncorvo. Já tinha estado no local algumas vezes, por isso tinha alguma ideia do que iria encontrar.
A primeira paragem aconteceu no sítio arqueológico do Castelinho, alto amuralhado datado da Idade do Ferro. Este lugar era completamente novo para mim, mas tive dividir o tempo e a atenção entre a fotografia e a audição das explicações da equipa de arqueólogos no local. Fiquei positivamente surpreendido com a forma como o sítio foi apresentado, de forma simples, clara e creio que suficientemente histórica para todos perceberem o que se apresentava a nossos olhos.
O sítio fortificado parece estar datado da II Idade do Ferro, tendo um perímetro oval com cerca de 100 metros de comprido, com 60 de largo. A largura da muralha é de aproximadamente 4 metros mas no lugar mais acessível chega a ter 11 metros! Externamente há um conjunto de fossos a completar a linha defensiva. Na extremidade sul há uma rampa que dá acesso a uma entrada ladeada por dois torreões. Todo o interior está repleto de estruturas interessantes, que só os arqueólogos sabem descrever com exatidão. Além das estruturas visíveis têm sido encontradas muitos fragmentos cerâmicos, fíbuários de vários tipos, um anel, várias moedas, etc. Embora o sítio não tenha sido romanizado (possivelmente não era suficientemente atrativo), as moedas encontradas eram romanas sendo uma datada do ano 7 a.C.
 Também já foi encontrada uma cabeça antropomórfica, em granito. O que eu achei mais interessante foi mesmo um vasto conjunto de lajes em xisto, com os mais variados motivos gravados. Foi-nos mostrada uma no local, mas vimos um extenso conjunto delas nos estaleiro, na sala de Espólio.
A segunda paragem aconteceu na necrópole do Laranjal, a menor altitude, já no complexo de Cilhades. O nome Laranjal advém da existência de um conjunto de laranjeiras, numa zona com  mais de solo. Mas as sepulturas ultrapassam essa zona e espalham-se pela encosta, umas simplesmente escavadas na terra, outras bem delimitadas e cobertas por lajes em xisto. Aqui foram encontrados muitos ossos e alguns esqueletos quase completos. A existência deste cemitério era do conhecimento de algumas pessoas de Felgar, dado que alguns artefactos foram surgindo à superfície denunciando a sua presença. Deve ser do período medieval.
 Mais próximo das casas apresenta-se outra área onde há grande atividade de escavação. É o cemitério dos Mouros. A área é grande, mostrando muros de diferentes períodos, mas não nos foram mostrados elementos de relevo.
Visitámos algumas casas onde onde nos foi explicado como estavam organizadas e para que serviam.
Por último visitámos a pequena capela de S. Lourenço. Foram feitas prospeções no chão e nas paredes. É possível perceber que a capela tinha uma sacristia encostada, que foi destruída e o acesso tapado. A talha do altar estava coberta por uma tela.
É possível que a primeira capela se situasse no antigo cemitério do Laranjal. Há no local uma estrutura mais elaborada, com algumas pedras em granito, que pode bem ser a base de uma pequena capela. Foi também nesta área que foi encontrada uma ara votiva de granito dedicada a Tutela, um dos achados mais recentes mais relevantes. Já anteriormente  tinha sido encontrada no local outra ara votiva dedicada a Denso (ambas divindades tutelares).
A capela de S. Lourenço vai ser transladada para um local mais elevado, na margem oposta do rio.
Abandonámos Cilhades. O dia estava luminoso mas fazia algum vento e a poeira dificultou a visita e a audição das explicações, mas fiquei bastante satisfeito com o que vi, ouvi e fotografei.
 A paragem seguinte foi junto ao paredão da barragem. Quando atravessámos o leito do rio (moribundo), parecia que o paredão era gigantesco, mas quando nos colocámos à altitude a que vai chegar deu para perceber que ainda vai ser necessário fabricar muito betão (para contentamento do eng, Sócrates). O paredão vai ter 123 metros de altura. Os poços onde vão ficar as duas turbinas estão completamente enfiados na montanha granítica, não se vendo mais do que o local de saída da água para o exterior. Não vai haver nenhum sistema a  possibilitar a circulação de peixes. Na barragem mais pequena, a jusante, será construido um percurso alternativo (via ribeira da Vilariça) para a circulação dos peixes. Espero bem que isso não fique só no plano das intenções, como está a ficar a alternativa ferroviária, na Linha do Tua, na barragem de Foz-Tua.
Quando a barragem estiver concluída vai ser possível circular. O estradão que serve para os camiões vai ser transformado em estrada e estão já marcados alguns miradouros!
Toda a maquinaria estava em funcionamento, produzindo betão, que era despejado no paredão. Mesmo não partilhando da miragem do progresso e do benefício nacional que algumas pessoas veem nestas estruturas, não deixa de ser impressionante a capacidade do homem organizar tanta maquinaria, cabos, tubagens, etc. sendo capaz de mover montanhas.
Voltámos a atravessar o leito seco do rio em direção a Póvoa, onde se situam os estaleiros e o Gabinete de Espólio. A par do Castelinho e da necrópole do Laranjal, este foi um dos locais mais interessantes da visita. É impressionante o espólio recolhido! Foram-nos mostrados os achados mais importantes, podendo fazer perguntas e tirar fotografias. No entanto, fomos alertados para o facto de não deveram ser publicadas fotografias, o que me deixou bastante limitado. As lajes em xisto com guerreiros a cavalo, veados, javalis, ou simples padrões de riscas, ou estrelas impressionaram-me.
Nem todo o espólio está tratado, existindo muitos  achados encaixotados à espera da sua vez. Acredito que haja grande entusiasmo, porque os achados são de relevo e têm sido apresentados em encontros de arqueologia em Portugal e Espanha.
Se eu já tinha reservas quanto à construção da barragem - não me consigo esquecer que vai destruir território da Rede Natura 2000 - agora fico com a certeza de que também vai submergir importantes sítios arqueológicos. É que além daqueles que estão a ser estudados, e só do período românico já são bastantes, quantos mais se perderão para sempre?
Está assumido que a barragem vai produzir pouca energia, não vai servir para rega, funcionando principalmente como reserva de água e de energia! Está por estudar o duplo sistema de turbinagem e bombagem e a experiência já está a ficar-nos cara, mesmo sem sabermos se vai dar resultado. Será que as eólicas vão cumprir a sua função? Será que os parques eólicos conseguem manter-se sem os exagerados apoios estatais? São muitas perguntas por responder.
Terminada a visita à sala de Espólio terminou também o programa de visita, com o regresso a Alfândega da Fé, um pouco depois da hora prevista, porque toda a gente estava bastante entusiasmada.
Independentemente da minha posição em relação à construção da barragem gostei muito da visita. Cilhades e a zona envolvente, são espaços de acesso livre, podendo ser visitados. Os arqueólogos presentes mostraram disponibilidade para prestar esclarecimentos a potenciais visitantes. A obra do Escalão e a Sala do Espólio só são acessíveis em visitas autorizadas pela EDP, em iniciativas semelhantes a esta.
Ainda não está definido, ou eu não consegui perceber, o destino a dar ao espólio. As equipas de arqueólogos farão a divulgação gradual, em encontros ou artigos científicos, mas que não chegam ao grande publico. É natural que Torre de Moncorvo esteja interessado em manter e mostrar todo este espólio. A antiga escola Primária de Felgar pode ser a solução. Será necessário bastante espaço porque o espólio já é vasto e variado, mas, pelo que li, a referida escola tem 6 salas e alguma área coberta. O importante é não deixar sair o espólio da região, tal como já aconteceu com outro, nomeadamente algum encontrado no vale da Vilariça.
 Já em Alfândega da Fé decidi não usar o IC5 para voltar a casa. Percorrer as estradas estreitas e sinuosas do concelho é uma coisa que me dá muito prazer. Posso fazer inúmeras paragens, conhecer as pequenas aldeias e Descobrir as belezas do concelho.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Multidão na rua contra o encerramento do tribunal de Alfândega da Fé

Os alfandeguenses saíram esta manhã de segunda-feira à rua em protesto contra o anuncio do encerramento do tribunal do concelho, incluído na lista dos 54 que segundo a nova proposta do mapa judiciário deverão encerrar.
Os populares consideram que perder mais um serviço é uma machadada no concelho e mais um passo para "fechar o interior", acusaram através dos cartazes que empunhavam.
O acesso à justiça vai ser mais difícil, apesar de ainda não se saber se Alfândega da Fé vai passar a ser servido pelo Tribunal de Torre de Moncorvo ou pelo de Bragança.
"Não há transportes com horários adequados para podermos resolver os assuntos. Seremos obrigados, quem não tiver carro próprio, a recorrer ao táxi e levar as testemunhas. É um grande transtorno e um gasto de dinheiro", explicou António Silva, residente no concelho.
Berta Nunes, autarca de Alfândega da Fé, garante que está satisfeita porque alguns concelhos vão manter o tribunal ao contrario do anunciado, no entanto não se conforma com o fim do serviço da vila que lidera.
"Não faz sentido. Não percebemos quais os critérios que estão na origem da proposta. A ministra da Justiça ainda não explicou o que vai melhorar na justiça com o fim de alguns tribunais", explicou a edil.
Por outro lado, diz que a Associação Nacional de Municípios Portugueses tem em seu poder um estudo que prevê o encerramento de repartições de Finanças, no qual está incluída a de Alfândega da Fé.
"O esvaziamento de serviços importantes pode ser o princípio para começar a extinguir municípios ou para os agregar com outros", referiu.
O Tribunal de Alfândega da Fé não tem juiz nem procurador, deslocam-se de outros tribunais, mas para a autarca o serviço tem uma carga simbólica muito grande, pelo que se encerrar isso terá impacto na população. Por ano este tribunal tem orçamento de 8.900 euros.
A nova proposta de reorganização do mapa judiciário do Ministério da Justiça prevê a extinção de cinco tribunais no distrito de Bragança, nomeadamente Alfândega da Fé, Carrazeda de Ansiães, Miranda do Douro, Vimioso e Vinhais.
Ficando de fora o tribunal de Vila Flor, que tinha sido dado para encerrar na primeira proposta.
Também hoje vão manifestar-se na rua as populações dos concelhos de Carrazeda de Ansiães, esta tarde, e de Miranda do Douro, à noite, com início às 21 horas.

 Glória Lopes
Jornal de Notícias

segunda-feira, 28 de maio de 2012

III Maratona - Alfandega da Fé - 10 de Junho 2012


Programa:
Domingo, 10 de Junho:

7:30 - Abertura do Secretariado (Mercado Municipal);
8.30 - Concentração (Mercado Municipal);
8.40 – Breefing;
9.00 - Partida Oficial da II Maratona;
12.00 - Chegada prevista dos primeiros atletas a cumprirem a Meia-Maratona;
13.00 - Chegada prevista dos primeiros atletas a cumprirem a Maratona;
13.00 - Banhos (Bombeiros Voluntários de Alfândega da Fé);
14.00 - Almoço (Recinto da Ferira da Cereja).

nota: os pagamentos poderão ser efetuado no secretariado no dia da atividade.
Informações e Inscrições em: http://bttalfandegadafe.blogspot.com/